07/12/2020 às 13:15:08

A História de Nossa Senhora do Carmo



Com origem no século XII, a história de Nossa Senhora do Carmo se inicia quando um grupo de eremitas se formou no Monte Carmelo, na Palestina, com uma vida simples e pobre ao lado da fonte de Elias. É deste local que surgiu o nome Carmo, que faz referência ao Monte Carmelo, onde Elias se refugiou.

Elias é o patriarca da Ordem dos Carmelitas, enquanto Virgem Maria recebe o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. Devido à localização do grupo, eles foram chamados de Carmelitas e lá construíram uma capela dedicada à Senhora do Carmo.

Quando os Carmelitas precisaram se refugiar na Europa fugindo dos mulçumanos, a Ordem dos Carmelitas se espalhou por diversos países, chegando à América Latina logo no começo de sua colonização, o que levou à construção de várias igrejas, capelas e catedrais dedicadas à Senhora do Carmo.

A fé dos carmelitas testemunhou até mesmo uma aparição da virgem a São Simão, um carmelita que vivia na Inglaterra e que ao ver a ordem carmelita ser perseguida e eliminada da face da terra, pediu desolado o socorro de Nossa Senhora do Carmo.  A oração feita por ele é a mesma realizada pela ordem carmelita até os dias de hoje: “Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.”

Foi então que ela apareceu rodeada de anjos, e entregando a ele um escapulário disse: “Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno.”

A partir desta aparição o escapulário se tornou o maior símbolo da fé em Nossa Senhora do Carmo e passou a ser utilizado como um hábito pelos carmelitas. A palavra escapulário tem origem no latim escápula, que significa armadura e representa a devoção a Maria Santíssima, sendo utilizado para proteção e como uma realidade visível que conduz a Deus. Atualmente ele é considerado pelo Vaticano um sacramental que obtém os efeitos de proteção da Igreja Católica.