28/07/2025 às 15:55:56

Missa de Sétimo Dia: entenda essa tradição e descubra como ela surgiu



A Missa de Sétimo Dia representa um dos ritos mais conhecidos do catolicismo, reunindo familiares e amigos em um momento de oração, saudade e reflexão.

Mesmo quem não costuma frequentar missas costuma reconhecer a importância desse encontro, pois ele simboliza respeito, oferece consolo aos que ficam e reforça a esperança na vida eterna.

Neste artigo, você vai descobrir o significado da Missa de Sétimo Dia, suas origens históricas (tanto no contexto global quanto aqui no Brasil) além de curiosidades, orientações práticas e formas alternativas de homenagem.

Siga até o final e entenda como essa celebração segue atual e significativa até hoje.

Missa de Sétimo Dia: origem e simbolismo

A Missa de Sétimo Dia é uma cerimônia católica realizada exatamente sete dias após o falecimento de uma pessoa querida.

Ela serve como expressão de carinho, mas também como ato de fé: familiares e amigos se reúnem para rezar, pedindo a Deus que acolha e conceda descanso eterno à alma do falecido.

Mais que um rito religioso, é um momento coletivo que ajuda a transformar dor em lembrança e saudade em homenagem.

Por que celebrar no sétimo dia?

Muita gente se pergunta por que a tradição escolheu justamente o sétimo dia para essa celebração especial.

A explicação tem raízes na simbologia do número 7, que aparece diversas vezes na Bíblia e carrega um significado de plenitude e perfeição.

Alguns exemplos:

  • Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo;

  • O sábado, considerado o dia de descanso, é o sétimo da semana;

  • José permaneceu sete dias de luto pela morte de seu pai Jacó (Gênesis 50, 10-11);

  • Após o falecimento do rei Saul, houve jejum de sete dias (1 Samuel 31, 12-13);

  • O número 7 também aparece no Apocalipse, em selos, trombetas e cartas.

Esse simbolismo reforça a ideia de ciclo completo e transição, transformando a Missa de Sétimo Dia em um marco para renovar a esperança e aliviar o coração.

O sentido espiritual da Missa de Sétimo Dia

No catolicismo, acredita-se que a alma, antes de alcançar a visão plena de Deus, passa por um período de purificação chamado purgatório.

Celebrar uma missa dedicada ao falecido é visto como uma das maneiras mais eficazes de ajudá-lo nessa etapa, já que a missa representa o sacrifício de Cristo oferecido por toda a humanidade.

Historicamente, missas também eram celebradas no 3º e no 30º dia após a morte. No entanto, foi a Missa de Sétimo Dia que ganhou maior força popular, especialmente no Brasil, tornando-se a mais conhecida.

A história da Missa de Sétimo Dia no Brasil

A consolidação da Missa de Sétimo Dia no Brasil está ligada ao contexto histórico do período colonial.

Naquela época, as distâncias entre cidades eram enormes e as condições de transporte muito precárias. Muitas famílias não conseguiam comparecer ao sepultamento ou ao velório.

A celebração no sétimo dia surgia como alternativa para que parentes e amigos, mesmo distantes, tivessem tempo de viajar até o local e prestar a última homenagem.

Com o tempo, o costume se fortaleceu culturalmente, passando de geração em geração, até tornar-se uma tradição presente em praticamente todo o país.

Como solicitar a Missa de Sétimo Dia?

O pedido para celebrar uma Missa de Sétimo Dia costuma ser simples e acessível.

Confira o passo a passo:

  • Entre em contato com a paróquia ou igreja católica de sua escolha;

  • Peça para incluir a intenção do falecido na celebração, informando o nome completo;

  • É recomendável fazer essa solicitação com antecedência, pelo menos meia hora antes da missa;

  • Em alguns casos, a igreja pode sugerir uma contribuição espontânea, que não é obrigatória.

Também existe a opção de agendar uma missa exclusivamente para o sétimo dia, permitindo que familiares e amigos se organizem para comparecer.

É uma obrigação religiosa?

Não. A Missa de Sétimo Dia não é um mandamento obrigatório da Igreja, mas sim uma tradição profundamente valorizada.

Algumas famílias optam por outros tipos de homenagens ou rituais conforme suas crenças.

O mais importante é preservar o respeito, a memória e o amor por quem partiu.

Outras formas de homenagem além da missa

Embora a Missa de Sétimo Dia seja a forma mais conhecida, há diferentes maneiras de expressar carinho e manter viva a lembrança da pessoa querida.

Algumas sugestões incluem:

  • Preparar um discurso destacando momentos especiais e qualidades marcantes do falecido;

  • Distribuir santinhos com foto e mensagem de reflexão;

  • Tocar ou cantar músicas que tinham significado para quem se foi;

  • Soltar balões personalizados durante a homenagem, simbolizando libertação e espiritualidade;

  • Fazer uma chuva de pétalas, gesto delicado que simboliza despedida e amor;

  • Publicar mensagens de condolências e homenagens online, quando disponível;

  • Cuidar e manter a sepultura limpa e florida, como sinal contínuo de respeito;

  • Realizar projetos ou sonhos que o falecido não conseguiu concluir.

Cada gesto ajuda a transformar a dor da ausência em lembrança afetiva, fortalecendo vínculos familiares e comunitários.

Leia também: “Descubra o significado e a tradição por trás da coroa de flores”

Curiosidades sobre a Missa de Sétimo Dia

  • Apesar de estar fortemente presente no Brasil, a Missa de Sétimo Dia não é celebrada da mesma forma em todos os países cristãos;

  • O número 7, símbolo de plenitude e renovação, é citado em diversos momentos importantes das Escrituras Sagradas;

  • Além de ser um ato de fé, a missa também funciona como apoio emocional para a família, criando um espaço de acolhimento coletivo.

Com isso, é possível perceber que tradição, fé e cultura caminham juntas na formação desse rito.

Conclusão

A Missa de Sétimo Dia permanece viva porque reúne espiritualidade, memória e amor em um só momento.

Ela simboliza respeito pelo ciclo de quem partiu e oferece consolo para quem fica, conectando pessoas por meio da oração e do acolhimento.

Com origem nas tradições bíblicas e fortalecida no Brasil por razões históricas, essa celebração segue relevante até hoje, mostrando que recordar também é uma forma de cuidar.

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